HOMILÉTICA
Objetivos da Lição:
Ao término desta Lição o Aluno Deverá saber Basicamente:
1.
O que significa Homilética e qual o
seu objetivo;
2.
Alguns conceitos a arte da
expressão oral;
3.
Virtudes e desvirtudes comuns aos
mensageiros de Deus;
4.
O que deve ser evitados no que diz
respeito a pregação;
5.
Classificar os tipos de sermão;
6.
Como se elaborar um sermão.
Introdução:
Em nossas igrejas, os obreiros frequentemente são
convocados para trazer uma palavra, reflexão, meditação, saudação, etc... Uma
noção básica de Homilética se faz necessária, pois é comum vermos pessoas
totalmente despreparadas usarem o púlpito desafortunadamente causando confusão
teológica, esse tema pode evitar tais problemas auxiliando os pretensos
pregadores.
Definição do Termo Homilética.
Homilética é a disciplina teológica que estuda a ciência, a arte e a
técnica de preparar e expor um sermão.
Sermão_ significa conversação, prédica, pregação. Um discurso sacro.
Tratando-se da transmissão do Evangelho é a pregação da Palavra de Deus.
A Homilética vista como
ciência_ quando observa sob o ponto de vista de seus
fundamentos;
O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa
multidão assembleia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA"
ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar.
O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a
finalidade de Convencer e agradar. Portanto, Homilética significa "A arte
de pregar".
A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de
Retórica. O cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no
século 17 passou a ser chamada de Homilética.
Acertos e Erros mais Comuns entre Pregadores.
Acertos_ Ser dedicado à oração e a Palavra de Deus. (At 6. 4).
Onde Pedro estabelece a premissa maior do ministério
apostólico, ao molde do Mestre; “oração e Palavra”, nos reportando a
necessidade de consagração em primeiro lugar, a devoção vem antes oratória,
precisamos ser aquilo que Deus espera, e falar aquilo que Deus fala em sua
Palavra.
·
Pregar com amor e Piedade, (1Co 13. 1, 2); (1Tm 4. 7).
·
Ter originalidade, não pregação.
Nada de imitar!
·
Pregar tendo Cristo e sua mensagem
como base de seu sermão.
·
Falar pelo Espirito Santo, (Mc 13. 11).
Erros_ O pregador sem mensagem como Aimaás (2 Sm 18. 19-33).
·
Atraso na chegada do culto.
·
Apertar a mão de todos obreiros ao
subir na tribuna.
·
Pregação improvisada, sem esboço.
·
Transpor o tempo que lhe foi dado
para pregar.
A Classificação dos Sermões.
Temático ou
Tópico: As divisões desse tipo de sermão
independem do texto bíblico.
Textual: As divisões desse tipo de sermão são extraídas do texto
bíblico.
Expositivo: Esse tipo de sermão faz uma exposição exegética do texto.
Temático ou Tópico: Este tipo de pregação se desenvolve
através de um tema específico. O tema é extraído do assunto e depois o pregador
vai atrás de um texto para balizar o tema.
Esse tipo de sermão depende mais dos atributos do pregador
do que a Bíblia.
Legenda de observação:
Tema__ §
Texto base__ #
Tópicos__ *
Subtópicos__ %
|
Sermão Topical ou Temático.
§_ Confissão
#_ (I João 1:9)
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça.
* - O que devemos confessar ?
%_A ) Nossos pecados
%_B ) O Nome de Jesus
%_C ) O poder de Deus
*II - Como confessar ?
%_A ) Com sinceridade
%_B ) Com fé
*III - Quando devemos confessar ?
%_A ) Agora mesmo
%_B ) Ao ouvir a Palavra de Deus
*IV - Qual o resultado da confissão ?
%_A ) Paz
%-B ) Perdão
%_C ) Comunhão
Sermão textual:
Ela origina-se diretamente do texto bíblico. Ou seja, ele
está subordinado ao texto da escritura, portanto o assunto deve se desenvolver,
(emanar) do “enunciado”.
As pregações textuais são classificadas assim: Divisão Natural; Analítica; Sintética.
·
Divisão textual natural: são as ideias sugeridas naturalmente dentro do próprio texto. O
mensageiro não precisa se esforçar muito para descobri-las.
·
Divisão textual analítica: Aqui a mensagem terá suas divisões no esboço, baseadas em
perguntas: Quem? Que? Quando? Como? Por
quê? Onde? Essas perguntas serão
feitas pelo expositor ao texto, e ele obterá tais respostas do próprio texto.
·
Divisão textual sintética: aqui o pregador ao elaborar seu sermão poderá organizá-lo sem se
preocupar com a ordem das partes do texto. Enquanto as outras formas de
classificações dadas anteriormente não podem ser mudadas, a sintética pode,
pois se trata de uma síntese, resumo, deixando o pregador livre para resumir o
esboço.
Exemplo de um sermão
Textual:
2. Sermão Textual
§ A entrada
# (Jo 10:9)
Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á
*I - Eu sou a porta.
%_A ) Da Salvação
%_B ) Da felicidade
%_C ) Estreita
*II - Se alguém entrar por Mim
%_A ) Não há acepção de pessoas
%_B ) A única entrada
*III - Salvar-se-á
%_A ) Uma decisão própria
%_B ) Da perdição eterna
Obs.: Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento é utilizar
as divisões do próprio texto.
Sermão
expositivo:
O sermão expositivo é parecido com o textual. O que difere
do outro é que seu desenvolvimento dá-se através de regras de exegese, (que é a
disciplina que aplica métodos e técnicas que ajudam na compreensão do texto).
O sermão expositivo não abrange apenas um versículo ou
texto, mas pode ir além, e abranger versículos, capítulos e um livro inteiro.
O sermão expositivo é literalmente bíblico, porque
interpreta literalmente, a intenção do autor do livro incluindo as figuras de
linguagem, literalidade, o contexto histórico, o contexto imediato e remoto,
além de muitas outras ciências que ajudam na compreensão do texto.
Exemplo de um sermão
expositivo:
3. Sermão Expositivo
§O encontro com a vida
# (Lc7:11-17)
*I - A multidão que seguia a Jesus
%_A ) Pessoas desejosas
%_B ) Pessoas com esperanças
%_C ) Pessoas alegres
*II - A multidão que seguia a viúva
%_A ) Pessoas entristecidas
%_B ) Pessoas sem esperanças
%_C ) Pessoas inconformadas
*III - O encontro da vida com a morte
%_A ) A vida é uma autoridade
%_B ) A morte se curva ante a vida
*IV - O resultado do encontro
%_A ) A ressurreição do jovem
%_B ) A alegria da multidão entristecida
%_C ) A edificação da multidão que seguia Jesus
%_D ) A conversão de muitos
Trabalhando na Estruturação do Sermão.
Objetivo
(Alvo)_ Nessa etapa devemos observar a
inspiração ou estar atentos à direção
que Deus quer dar na mensagem, e falar ao seu povo. Os elementos que compõe o
sermão como: o alvo, tema, introdução, corpo, conclusão e apelo; são
importantes, pois conduzem o povo na compreensão da palavra de Deus.
Objetivo é determinante porque será através dele que o
pregador elaborará sua mensagem. O pregador deverá perguntar-se: O que espero
que eles compreendam e façam?
Tema
(Proposição)_ O tema é a verdade central do
sermão; é o assunto da mensagem, é a pergunta que circulará a proposição “o que
é” e “o que se trata”.
O tema difere do titulo; o titulo da o nome ao sermão, já o
tema é todo o sermão. Devemos ter objetividade na escolha do tema, Como disse
Silvino Candido da Silva: “A pertinência do tema e a mensagem, e o tema e a
Bíblia Sagrada; um fala da importância dele está relacionado com a mensagem, e
o outro da importância dele está contido na Escritura bíblica.”.
Introdução
(Exórdio)_ A introdução inicia o objetivo que
é proposto pelo pregador, que vai avançando
gradativamente para não pegar os ouvintes repentinamente, a exemplo do
prefácio de um livro que coloca o leitor por dentro do assunto proposto.
Os dois objetivos da introdução de um sermão: aguçar o
interesse do ouvinte e prepara-los para que entendam.
Elementos que podem ser usados como introdução: um fato ou
acontecimento atual, uma música que esteja de acordo com o sermão, um breve
testemunho, uma explicação minuciosa do texto que será proposto.
A introdução deve ser breve, o excesso tira o interesse do
ouvinte.
Exposição
(Corpo da mensagem)_ Aqui tem inicio ao desenvolvimento
do assunto. O pregador explica aos ouvintes, de forma didática, gr. (didaskalia; didaskalia), e clara a mensagem
que recebeu de Deus.
As divisões do sermão são: tópicos ou Subtópicos, alguns
pregadores colocam em seus sermões cerca de cinco ou seis tópicos e Subtópicos,
mas a regra geral estabelece um padrão ideal de três.
Os argumentos do sermão: devem estar arrumados e
relacionados entre si.
As ilustrações: Ela serve para iluminar a verdade exposta,
jamais devemos usá-la com o objetivo principal, ou seja, após usá-la o preletor
deve retornar ao assunto de sua prédica.
Conclusão
(Perolação)_ Trate-se da finalização do sermão,
alguns pregadores se preocupam mais com o outros momentos do sermão e acabam
esquecendo da conclusão, ela é tão importante quanto os outros momentos. Ela
deve conduzir o assunto da mensagem a um final adequado, eficaz e persuasivo. A
conclusão pode ser:
Recapitulativa_ é a que faz uma breve recapitulação dos
assuntos tratados na mensagem; Aplicativa_ é uma aplicação das verdades
observadas no sermão, às vidas dos ouvintes; Apelativa_ é o resumo feito de tal
forma a unificar que desemboca direto no apelo. O resumo de sua prédica é uma
unificação entre a aplicação das verdades e o apelo a que recebam tais
verdades.
Apelo_ a conclusão é o desfecho intelectual do sermão, o apelo é
o seu desfecho indutivo e persuasivo. Aquele que leva os ouvintes a compreender
as verdades discursadas no sermão e tomar uma atitude em relação a elas.
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Ivan Cesar S Barboza.
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